sexta-feira, 31 de julho de 2015

Doce Itália

      Sou sincera, não sinto a mínima falta de publicar o que sinto aqui, o que entra e me sai da alma a vontade é pseudo nula. Fingir que alguém se importa com a quantidade de emoções gatafunhadas e rabiscos que cometo, fatigada ando eu! Contudo existe um pózinho de obrigação, de partilhar certas aventuras e para certa surpresa, aventuras com um sabor doce.
    Concebam por favor a imagem  de cinco bolas de gelado italiano (ahah risos), uma delas de nutella (risos), outra de kinder bueno (novamente risos), o resto a gosto, com pequenas raspas de baunilha, um topping espetacular, chantilly e a famosa bolacha que se trinca com o cremoso gelado derretido. Agora saboreiem o gelado. Saborear, não comer. Sintam a mistura dos sabores e a forma como eles combinam reunidos...a harmonia entre eles. A vida nunca soube tão bem, literalmente.
   Até ao momento, até que outro me prove o contrário, tive a melhor semana da minha vida, não o digo pelo calor do acontecimento/ocasião/bom sejamos mais diretos: viagem. Continuando... não tem nada haver com temperaturas, foi do melhor, ponto final parágrafo.
(Risos, pois fiz mesmo um parágrafo).
   Tive a melhor experiência de intercâmbio, (um intercâmbio levezinho), uma semana fora, a semana que tanto precisara depois dos fervores que tivera passado nos últimos meses, o autêntico ''inferno''!     Dia vinte e cinco de maio, pelos vistos, foi o dia em que, quando eu pensava que era difícil superar expectativas altas, o rumo da viagem atingiu a altura de um arranha céus ou mais, sim muito mais absolutamente! ''Fiz caminho'' com as quatro pessoas mais maravilhosas que me poderiam dar o prazer de, e que tive privilégio de estar na companhia delas. As minhas meninas. Porque numa aventura, ou em qualquer circunstância o que importa mesmo é«são as pessoas com quem se está, porque aventuras não as fazemos sozinhos (apesar de...)!
  Não entro em pormenores, pois o que é realmente especial é guardado a sete chaves dentro de nós, o que ninguém sabe, ninguém pode roubar ou estragar. É singular. É próprio. É nosso. É sui generis. Porém posso desvendar alguns flashes da constante luz que me foi proporcionada! Lembro-me claramente da sensação da chegada ao aeroporto de Palermo, transpirava ansiedade... (Vão gostar de mim? Como estou? O risco do cabelo não ficava melhor para a esquerda?) rodopios constantes de perguntas! Fui recebida com o total carinho, aliás, tive direito a um papel com o meu nome (pintado), um sorriso um pouco constrangedor do género ''Ei, oi, finalmente depois de tanta espera conhecemo-nos, acho que tive saudades tuas (?)''. Não poderia ter um host melhor do que tive. Não poderia ter melhor família, a família que nunca tive, e, apesar de estar num país que jamais conhecera antes, senti-me em casa e essa é das melhores sensações que se pode ter! Never felt that I left home, my heart was already living there.
   Os pratos eram simplesmente fantásticos, o pouco paladar italiano que tivera só se limitava a pizza mas expandi um pouco a lista de sabores, que é de referir que eram maravilhosos. É caso para dizer que tive orgasmos gastronómicos. Acho que além de a cozinha italiana preparar refeições de dar água na boca, eles cozinham com amor e isso sente-se a cada garfada.
   Para terminar e, dos panoramas mais bonitos que tive prazer de apreciar foi absolutamente o mar, a praia, a água...a água era transparente e azul, a  junção dos azuis e noutro ligeiro ângulo via-se as montanhas, nunca contemplei tanto o que a vida me tinha para dar quando estava no meio do mar a olhar para aquela magnífica paisagem e comentar com a Constança ''Eu nem acredito que estamos aqui, não acredito'' ela citava as mesma palavras... ''Mas nós merecemos tanto!''... concordava ... ''Estamos no paraíso!''
    Paraíso que tardaria em acabar, que deixa uma grande nostalgia, mas nostalgia das boas, daquelas que se chora de felicidade. Saudades dos doces ares de Itália, de Sicília e da cidade que nos acolheu, Palermo.

domingo, 26 de abril de 2015

Asfixias

    Faz uns valentes tempos que eu não publicava nenhum texto melancólico por aqui... que saudades que eu não tinha. Mau sinal digo-vos a vossas excelências certamente, se eu não escrevo, muita coisa ficou por dizer, muita coisa trancada à porta da boca, ninguém conseguiu tocar uma das cordas.
    Por grande surpresa não vou relatar os meus falhanços amorosos ou lamentar-me por eles. Estou por demais desse tema. Ponto final. Talvez narre os meus falhanços como pessoa. Ou nem por aí!
   Estou sozinha. Sozinha no mundo. Sozinha literalmente. O que não me falta são pessoas a meu redor umas preocupadas outras nem tanto. Pelo o que o meu cérebro consegue descrever, e pelo pouco português que sei e que aplico.. sinto um sufoco, uma asfixia emocional. Das sete da manhã às sete da tarde pergunto-me qual é o problema, mas não encontro resposta. Tenho dias em que penso é só uma efémera fase de adolescente, mas no fundo sei que é muito mais que isso.
   Não me falta nada, tenho tudo o que preciso para me considerar um pessoa feliz, tenho uma casa, tenho comida, tenho uma mãe que me adora e de outro lado um pai com o mesmo sentimento, tenho oportunidades de intercâmbio de culturas que algumas pessoas não têm.
   Bem, este texto está a tornar-se um pouco particular, acho que pela primeira vez não tento generalizar  as minhas palavras para que toquem nos vossos corações.
   Reconheço, e agora vou lançar aqui um cliché... que não sou perfeita.
   
   Significado de Asfixia
subst. f.
1. dificuldade em respirar: morrer por asfixia
2. (fig) opressão: a asfixia da liberdade
 Há  dias em que quero mandar a cabeça contra a parede para não ter de ouvir ''as vozes''. É como se alguém estivesse a apertar o meu pescoço no intuito de me espremer as palavras da garganta para fora. Articular tornou-se mais difícil à meses para cá. Tenho medo da reação que vou causar ao ouvinte ou medo dos meus próprios sentimentos? Os sentimentos são perigosos, principalmente os peculiares... E será que haverá uma altura em que pararei de fugir deles? Quero respirar.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Tipos de Borboletas

    Existem várias maneiras de uma pessoa se apaixonar. A minha foi a maneira mais estúpida de sempre. Foi por ele.
    Um dos modos mais mais parvos é, só nos apercebermos após anos, meses, dias. Nesse período eu dedicava a minha vida e o meu tempo a gostar de outra pessoa e no fim só sentia falta da pessoa, do carinho, amizade, apoio e confundi-o com paixão. A paixão começou há 1 ano atrás.
    Era especial e daquela vez era diferente. As pessoas que já tive na minha vida posso contar pelos dedos das minhas mãos, porém só um dedo, uma só pessoa. Esta distinguiu-se de todas as outras.
    Ele tem o melhor sentido de humor, é tão otimista, extrovertido, e faz sentir uma pessoa tão segura. E as borboletas? As borboletas eram distintas de todas que alguma vez eu sentira. Não eram meras borboletas que vemos frequentemente em tardes de verão, são o tipo de borboletas raras e especiais, com as asas tão coloridas, com formas entusiasmantes, o tipo de borboletas que são difíceis de ver e de se sentir, sentir as suas pequenas patas na ponta do indicador, na pele, o tipo de borboletas que nos dá arrepios, aquele tipo de borboletas que todos querem ter e emoldurar. Eu, com ele, tinha esse tipo de borboletas. Nunca me senti tão especial, além de experienciar o toque de insetos jamais vistos no meu estômago, eu agora era aquilo que existia dentro de mim!
   Fez-me quebrar o arame farpado e ferrugento envolvente ao meu peito. Aí já me havia conquistado. Estivemos semanas juntos a tentar compensar o tempo que íamos estar separados. Dos momentos mais nostálgicos da minha vida diria eu. Trocámos segredos mas tínhamos tanto que progredir!
   Foi-se embora.
   Se não há alimento para as borboletas elas falecem. Foi assim que aconteceu, já não tinha ninguém para manter a alegria, o entusiasmo, a adrenalina. Aí faleci juntamente com elas. Não há descrição para a dor e a melancolia. Chorava todas as noites, as lágrima corriam-me sobre o rosto percorrendo lentamente para as minhas suaves orelhas. Ficava embebida de água salgada e triste. Não encontrava solução então comecei a mentir a mim mesma. Sugeri ao coração para recuar ao amor anterior, e ele obediente assim o fez.
   Resultou.
   Resultou durante meses. Eu vivia no engano, as gotas que soltava dos meus olhos eram por outra pessoa, no entanto a vida não pode ser à base de mentiras, e a realidade surgiu do nada. Custou-me encará-la, ela é feia, a veracidade da vida é algo que sempre tememos e tentamos fugir, mas ela persegue-nos e aí a pessoa cansa de esquivar-se. E apercebi-me então nesse momento..
   A única realidade é que nunca te deixei de amar.
 
 
 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

    O mês mais melancólico e deprimente que tive este ano. Apesar de ainda não ter acabado, para mim acabou. Quero Janeiro, Fevereiro, um mês qualquer menos este. Aconteceu algo que já deveria ter acontecido há anos e eu pensava que estava preparada.. e estou mas existem tantos senãos.
    Estou sozinha, literalmente. Estou sozinha e não posso pedir ajuda. Não confio em ninguém, e onde estão os meus amigos? Eles estão lá mas não os quero lá.
   A alma está preta, está escura, cheia de pó cinzento e mirrado. Ninguém consegue tocar nela, nem uma só pessoa. E quem consegue vai-se embora e não sente mais a sua textura e forma. Há quem tenha o dom de afugentar as pessoas e eu nasci com ele. Não me orgulho disso de forma alguma, só sou mais uma alma penada e perturbada que vagueia por aí. Com objetivos mas sem saber como cumpri-los. Apaixonada, um pouco apenas, mas já não me lembra o que é paixão. Querer subir sem ser capaz de me levantar. Querer dormir mas só o conseguir fazer de olhos abertos. Ambicionar ser alguém sem conhecer quem realmente sou. Desejar que algo caia do céu estando eu mais ocupada a admirar o chão. Planear a vida mas não entender como ela funciona. Indagar o porquê existência.
    Incógnitas da vida e da mente.

sábado, 8 de novembro de 2014

Puro

    Os quereres e desejos conseguem ser confusos.
    O que eu quero? Não consigo elaborar uma ideia concreta, mas quero muita coisa.
    A ti.
    Acostumei-me a ti, no entanto penso que comecei a gostar desta coisa, que em momentos me come a alma lentamente, de não ser correspondida. Agora os teus lábios, são lábios desconhecidos, desconhecidos e gretados e eu não quero beijá-los de novo, não quero, não posso, não quero, não posso. Talvez queira, mas não posso e não quero. E aí o mundo dá as voltas que bem entende, e troce-me a consciência, faz nós e ás vezes laços. Aí as ambições, as vontades mudam.
    Imagino novos seres e reacções. Dedico-me a sonhos e penso em palavras antes ditas. Quero ouvi-las de novo, repete-me. Iria ser diferente? Diz-me o quanto gostas de mim e o quanto gostarias de partilhar a vida comigo. Aprecio a tua voz. Beijos atrás da orelha. Tão bom recordar. Contudo és irregular e imponderável, tudo o que fazes ou te sai da boca é assim, como tu. Evitar conversas só me vão fazer ansiar mais conversas e alimentar a dúvida. A dúvida cai como chuva grossa, é verdade. E a dúvida é se o que existiu era genuíno e puro. Para mim foi, o mais próximo que tive de loucura junto com amor. Sensação que voltaria a repetir.
    Nunca me senti tão livre dentro de mim.

domingo, 14 de setembro de 2014

Vago

    Faltam-me palavras, falta-me a inspiração. Mãos sobre o teclado, congeladas, cérebro em modo de suspensão.
   Agora tenho 16 anos e não noto diferença. As coisas estão na mesma, mas encaminhadas para melhorar, ou ilusões. Com coisas sem qualquer importância nasce esperança. Esperança com mestrado em iludir. Eu tenho consciência, juro que tenho consciência.. mas de que vale a consciência quando estamos apaixonados? Também tenho consciência disso mesmo.
    Estou feliz, acho que estou feliz. Mas não sei o que é felicidade. Toda a gente fala dela e de querer encontrá-la mas saberão a sensação da dita cuja. E se, mas se mesmo, formos felizes? Não felizes por absoluto, mas e se a vida apenas se resumir a felicidade momentânea? Os momentos fazem a vida, esta viagem que não temos conhecimento do seu rumo. Olhem para trás. Felicidade não é bem estar permanentemente. Felicidade são gargalhadas que se soltam com as piadas mais estúpidas. Felicidade é um beijo de uma mãe. Felicidade é quando me dizem ''Estou orgulhoso de ti.''. Felicidade são minutos, e os minutos somos nós que os fazemos.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

poem

You fucked my brain
And you didn't care
I really want to hate you
But I can´t, I can't

You fucked my brain
I'm so confused
I don't know who I am
Please say something,
The truth, the truth

You fucked my brain
I lose my mind I'm insane
Remember that night we kissed...
Sorry, this poem is lame

You fucked my brain
I hope that you're glad
I'm blind to see the reason
Why you made me sad

Why? Why? Why?
Why did you do that?

You still fucking my brain
I still don't know why
I sit, hearing Lana Del Rey songs
Thinking about you and I start to cry